Tuesday, October 19, 2010

Carta aberta aos responsáveis políticos e ao povo português .-

Presentamos la Carta del Duque de Braganza, Jefe de la Casa Real de Portugal, dirigida a los responsables políticos del Pueblo Portugués.

A continuación pueden ver un video en portugués del programa 7 minutos, en el que entrevistan al Duque.

VER VIDEO.-

http://www.royalhouseofportugal.org/media/movies/7min.mpg


Exmo. Sr. Presidente da República, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Primeiro Ministro e demais membros do governo, Srs. Dirigentes dos partidos e coligações politicas, portugueses e portuguesas.


Na iminência da discussão e aprovação do orçamento de estado proposto pelo governo e perante a gravidade da situação económica e social de Portugal vem a Casa Real Portuguesa tomar uma posição pública, clara e inequívoca.

A Casa Real Portuguesa na pessoa de S.A.R D. Rosário XXII duque de Bragança vem desde há vários anos alertando através de comunicados publicados em fóruns e blogs alertando a população portuguesa, para a má condução dos negócios e governo da nação que levariam inevitavelmente a esta situação de falência do país.

Portugal não tem capacidade de auto - sustentabilidade alimentar e energética. Sucessivos governos destruíram a agricultura, o sector das pescas e as estruturas produtivas do país.

Sucessivos governos ensarilharam a vida dos empresários portugueses, ou dos que pretendiam sê-lo com uma confusão legislativa e uma carga fiscal brutal, negociando depois condições especiais favoráveis a empresas estrangeiras para se instalarem em Portugal beneficiando de mão de obra barata e da boa localização estratégica dos nossos portos.

Sucessivos governos desbarataram as oportunidades das ajudas de Bruxelas.

Sucessivos governos entregaram nas mãos dos privados empresas altamente lucrativas para ficarem com as que dão prejuízos.

Sucessivos governos permitiram as maiores bandalheiras e derrapagens financeiras entre outras nas obras públicas.

Em resumo traíram a confiança que os portugueses ingenuamente neles depositaram, lançando as sementes da destruição e do saque da nação.

A Casa Real Portuguesa, como património histórico e moral da nação não pode, não deve e não fica indiferente face ao que está a suceder em Portugal. Motivo pelo qual e na iminência da aprovação dum orçamento de estado que é um desastre completo e um golpe de misericórdia nas famílias e nas empresas vem a publico tomar posição.

Este Orçamento de Estado que exige brutais sacrifícios aos portugueses, não vai ter quaisquer efeitos benéficos, nem de recuperação, não vai corrigir erros sobre erros que tem sido cometidos aos longo dos últimos anos. Os efeitos negativos deste orçamento vão fazer-se sentir desde logo no bolso dos portugueses que vão pagar mais impostos, receber menos ordenado, perder regalias fiscais, vão fazer-se sentir nas pequenas e médias empresas que não aguentando esta carga fiscal somada a uma natural quebra de consumo por via da indisponibilidade financeira das famílias terão de fechar portas lançando mais uns milhares de trabalhadores para o desemprego a sobrecarregar os estado por via dos subsídios e a gerar uma enorme instabilidade social.

Os efeitos negativos deste orçamento far-se-ão sentir na quebra do investimento e iniciativa empresarial.

Mas há um efeito que não foi contabilizado pelo poder politico quando apresentou este orçamento, o efeito moral que ele está a ter sobre a população e principalmente sobre quem produz e trabalha, as pessoas estão simplesmente a desistir, a baixar os braços porque efectivamente não vale a pena trabalhar ou investir em Portugal nestas condições!

Basta ir por essas repartições publicas e ouvir os funcionários dizer que estão desmotivados e vão trabalhar o mínimo que puderem, outros que dizem que vão meter baixa, enfim tudo o que as pessoas na sua legitima revolta vão inventar para de alguma forma compensarem moralmente o violento roubo a que estão a ser sujeitas.

O trabalho deve ser pois algo compensador e motivador.

Ao trabalho deve corresponder uma satisfação moral de realização, mas também financeira de bem estar, que esta rapina fiscal, este assalto ao bolso e à vida dos contribuintes não permite.

E o diagnóstico seria fastidioso e por esse motivo não nos alongaremos mais.

A Casa Real Portuguesa representa 8 séculos de história da nação, um pequeno condado que se fez reino independente, que conquistou o seu espaço territorial, que se expandiu para os 4 cantos do Mundo e se transformou num império.

A Casa Real Portuguesa é pois uma reserva moral, patrimonial e politica da nação, que pode e deve apontar o dedo e pedir responsabilidades aos 100 anos de república que não fizeram outra coisa senão destruir o que os reis construíram!

Por este motivo temos a obrigação não só de criticar este Orçamento de Estado pelo motivos já apontados, apelando ao seu chumbo, como a obrigação de apontar alguns caminhos que nos permitam sair desta desastrosa situação.

Mas antes de avançarmos com as nossas propostas temos de apontar vigorosamente o dedo ao Sr. Ministro de Negócios Estrangeiros, Dr. Luís Amado cujas acções de denegação ao direito à justiça e encobrimento de crimes graves praticados por vários funcionários do MNE para silenciar a legitima Casa Real Portuguesa em muito tem prejudicado a nossa presença mais perto dos portugueses, nesta hora que tanto precisam de nós e de todos os homens de boa vontade.

As propostas da Casa Real Portuguesa são pois no sentido de uma melhoria efectiva da vida dos cidadãos e de uma alteração do paradigma social e existencial, pois torna-se por demasiado evidente que este sistema sociopolítico está falido.

Nos últimos anos temos assistido ao incentivar do egoísmo e da competição entre as pessoas, quando o caminho não é por aí.

A sociedade humana só é forte quando as pessoas colaboram entre si, quando se entre ajudam, esse será o primeiro e mais importante passo para sairmos da crise.

O segundo passo é fazer uma avaliação dos recursos naturais do país para se saber efectivamente quanto temos disponíveis de alimentos energia e outros bens. Depois dessa avaliação feita teremos de fazer uma gestão racional desses recursos, implementar outros de forma a garantir o máximo de produção alimentar e energética de forma a se poder dar um corte radical nas importações desses bens, que são um escoadouro de fundos para fora de Portugal.

Reeducar as populações no sentido de se aproveitar recursos alimentares autóctones, saborosos e mais saudáveis mas que normalmente não são usados porque as pessoas perdendo o conhecimento dos antepassados foram mantidas propositadamente na ignorância, tal qual se está hoje a fazer com o “fast food” deseducando as gerações mais novas, desenraizando-as cultural e socialmente.

O governo deve apelar aos proprietários de terras que as cultivem com alimentos, que criem grupos de trabalho com os vizinhos que não tenham terra de forma a partilharem o esforço de trabalho mas também os frutos desse trabalho que a terra lhes vai dar, reduzindo dessa forma as despesas familiares com alimentação, proporcionando a alegria e a descontracção do contacto com a natureza e comendo alimentos mais saudáveis.

Também os municípios podem e devem nesta hora grave que se avizinha, ceder terras e organizar um plano de hortas para cidadãos ou grupos de cidadãos se organizarem e poderem dispor de alimentos.

Deverá fazer-se um levantamento urgente dos recursos marinhos e dos rios disponíveis e preparar a respectiva gestão.

Na área energética liberar e permitir aos cidadãos instalar os seus sistemas de produção independente de energia. Avaliar e preparar alternativas ao petróleo e seus derivados já uma vez que ultrapassada a crise, se esperam preços na ordem dos mais de 150 USD por barril factor que será demolidor para a nossa frágil economia.

O estado deve estudar um plano especial de impostos para as grandes empresas, principalmente as que detêm monopólios como a banca a EDP e a GALP que permita a repartição dos escandalosos lucros pelo esforço social que todos teremos de fazer para a recuperação. Intervenção e congelamento dos preços da energia eléctrica e petrolífera.

Reduções dos salários dos gestores públicos, que não se justificam e são insultuosos, para o chefe de estado.

Corte nas reformas de luxo estabelecendo um tecto limite de euros e acabando com as acumulações de reformas.

Corte nas reformas dos políticos que não tenham atingido a idade de reforma e perda dessas mesmas reformas em casos que comprovadamente estejam a exercer actividades comerciais ou empresariais, etc. etc.

Criação de condições para o relançamento económico e das empresas e criação de postos de trabalho.

Fim do imposto sobre o lucro das empresas a favor do estado, criando legislação que obrigue as empresas a dividir lucros em valor percentual equivalente ao IRC com os trabalhadores e dando a possibilidade aos trabalhadores de fiscalizar as contas e gestão das empresas. Isto vai despoletar mais motivação enriquecer os trabalhadores e reduzir a fuga fiscal.

Os políticos devem preparar um plano de contingência, não com carros blindados para agredir o povo esfomeado e carente que daqui uns meses estará na rua a reclamar, mas um plano de contingência inteligente que permita a união dos portugueses num esforço de reeducação e superação das dificuldades que se avizinham.

Portugal está falido e cheio de dívidas é hora de parar repensar e procurar novos caminhos e soluções a médio e longo prazo e substituir políticos que fazem gestões danosas em função de ciclos eleitorais e distribuição de clientelas.

É a hora da meritocracia! É hora de avaliar e chamar as competências de Portugal para deitar mão ao que resta e salvar a pátria do descalabro e da destruição certa.

Mais uma vez manifesto a minha disponibilidade para trabalhar gratuitamente para os portugueses assim vocês queiram outro rumo para Portugal e uma mudança efectiva de regime e de políticos e politicas.

Viva Portugal
D. Rosário XXII Duque de Bragança