Sunday, June 26, 2011

EMPRESTAM-ME MÚLTIPLOS EPÍTETOS, TANTO HABITÁVEIS COMO INÓSPITOS, MAS NÃO ME ENTUSIASMO NEM DESFALEÇO ANTE NENHUM …-

Perante o irradiar do resplendor e da impermanência, a vida que se me tem patenteado está recheada de surpresas matizadas de vários cambiantes aos quais designo de “afortunamento” e de “vicissitudes”, aliás, como tantas outras vidas comuns por este mundo fora… Porém, esta minha existência recheia-se – pouco a pouco – com o passar dos anos, e isso desde sempre, com a mais completa e inabalável consciência que, alguém que conheci muito bem desde tenra idade - de forma fraterna e muito afectuosa, que sempre será uma inigualável e eterna diva de Portugal e do Mundo, referindo aqui a Grande Amália Rodrigues, que da profundeza da sua grandiosa e espantosa alma emoldurada por uma sapiência que ia para além da sua tão profusa inteligência, considerava essa “consciência” que falo desta tão extraordinária forma: “quando nos encontramos conscientíssimos sobre algo ou sobre a existência, a lucidez que daí resulta ‘mata-nos’… E isso sempre me fez pensar no quanto autêntico e, sentido pode ser, porque, desde sempre, usufruí desta oportunidade de entender quão verdade é esta sensação, este sentir, esta tão profunda sensibilidade e sensitividade que sempre fez da minha vida uma Eterna Gratidão para com o Universo e para com todas as suas Divinas Manifestações Ascensionadas e por Ascender…

Quando pelas sensatas e muito sábias palavras daquele que foi meu Mestre–Raiz, Sua Santidade, o Venerável Lama Dilgo Khientse Rinpoche, aquando somente tinha vinte e um anos de idade, fui fantastica e magistralmente introduzido à Filosofia de Siddhartha Gautama, o Buddha, o Iluminado (que me tornou muito mais Cristão), episódio descrito no meu último livro intitulado "Entre o Samsara e o Nirvana", descobri logo que o Caminho desta minha Jornada Terrestre não seria fácil; porém, seria sim, incontornável e de certo modo imparável ante obstáculos de vários géneros, de alguns vitupérios, de algumas intimidações, de muitos farisaísmos, atentados à minha liberdade pessoal, ao meu direito de ser diferente, de certas deturpações sobre o meu carácter, somente por ter “cingido” as palavras altamente esclarecedoras daquele Ser Iluminado (que me ajudou a ser, como já afirmei atrás, muito mais verdadeiro Cristão) que, sob uma figueira jurou um dia (portanto, 650 anos antes do Mestre Nazareno, Jesus) não se levantar enquanto não chegasse a alguma compreensão da natureza do sofrimento, e, muito mais do que isso, de como alcançar de forma incontornável a fórmula para a libertação de todo o género de sofrimento. Depois desse todo complexo raciocínio e síntese introdutórios que me foram apensos também, por outros tantos Mestres, que jamais esquecerei e, aos quais, estarei para sempre grato, viajo até ao fim desta minha vida terrena ampliando e compartilhando o gracioso e maravilhoso mas veemente entendimento que adquiri e tenho apreendido ao longo de todos estas últimas dezenas de anos, sem receio e totalmente pronto para o mais supremo sacrifício que, se for

necessário, o Universo ditar para o meu ser... Estarei disposto e atento, preparado e muito habilitado para tal, se assim for imprescindível… Nada, e nem ninguém, me deterão, daquilo que sempre fiz questão de explicar às pessoas que, ao longo destes muitos anos passaram por mim e me pediram recolhimento e pacificação espiritual, que não era mais do que um simples e humilde experimentador, nada fazendo, portanto, que qualquer outro indivíduo nãopudesse realizar; o meu objectivo era simplesmente, com o conhecimento adquirido ao longo de tanta experiência humana e espiritual conseguida, o mesmo de um médico que atende um enfermo à beira da sua cabeceira da cama, ansiando encontrar uma solução polivalente para o problema mais imediato desse “utente” sem nunca afirmar, como poderão querer presumir os mais quebrantados, que possa ser a única nem mesmo a melhor das soluções para o problema. Portanto, e em suma, como sempre fiz e farei sempre, falo de um “caminho íntimo”, querendo sempre dizer a todos que é sempre possível ir mais longe, que tudo se encontra nesta vida em estado de completa fluidez e que só o que posso fazer é demonstrar uma das melhores trilhas (que é a Meditação Vípassana, através da execução dos Pranayamas ou Respiração Holotrópica e, outras práticas afins) para que outros indivíduos a possam percorrer em todas as direcções que apostarem e decidirem por conta própria escolher e aprofundar…

Se tudo isto valer todos os epítetos que alguém me queira atribuir, conferir, deferir, oferecer ou forjar, mercê do género ou ordem do que possua dentro de si para tal oblação, que posso eu fazer – se não aceitar de cabeça erguida e de prosseguir a “laboração” que o Universo (Uno + Verso) demanda sem qualquer intercadência ou desistência!

Assim, a Grande Morada da Alma se dará em mim em prol de todos os Seres Sensíveis e Sencientes!

OM SHANTI OM!

Lama Gyaltsen Ketshung
Gran Collar y Prior General de Portugal
ORDEN BONARIA