Friday, June 18, 2010

A origem "Sirio-Bizantina" de Pelagio.-

Pelágio significa "Aquele que vem do Mar", o que já é só por si sugestivo.
Mas seguindo o Project DFA, encontramos nos seus ascendentes directos, Reis Merovíngeos, como Chlodwigi, Clóvis de Colónia, um Merovíngeo e Chrodechild van Bourgondie, uma Burgundia. Prosseguimos com Ingonda uma Thuríngea, esposa de Segebert I, um Merovíngeo. Mas mais distante ainda encontramos Gosuinda, uma Sueva, e Atanagildo, um Merovíngeo, pais de Brunehaut, e até Véricus e aos Reis de Sicambri, Germanicos, Heleno V e Antenor II c. 384 a.C.

Os Merovíngeos, reclamavam-se descendentes dos Reis de Sicambrio, e segundo Gregório de Tours, Clóvis, quando foi baptizado, cerca de 496 d. C. foi denominado Sicamber pelo Bispo de Reims.

Os Sicambrios, descendiam por sua vez de uma tribo os Citas ou Cimérios, que viviam na Foz do Danúbio.

Mas estes Citas ou Cimérios, aparecem em épocas muito mais remotas ligados à Mesopotâmia.

Da sua língua, sobrevivem poucos termos, semelhantes aos termos Hurritas, um povo Indo-Germânico-Ariano, que se dedicava à criação de Cavalos de guerra, veloses como o Vento.

Da ligação destes criadores dos filhos do Vento, ao Antigo Egipto, à civilização Yemdet Nasr, talvez fale um dia.

Tal como de Ugarit, na Síria, onde foi encontrado o mais antigo alfabeto conhecido, a Flauta de Osso, e a mais antiga Melodia escrita, com cerca de 3 400 anos - O Hino de Ugarrit, dedicado à Deusa Lua.

Pelágio ao contrário do que geralmente se afirma, não era visigodo!!! O homem que começou a reconquista cristã a partir das Astúrias chama-se Pelágio e era um homem de origem sirio-bizantina, tal como o foram D. Afonso X, o Sábio e Dona Vataça!!!

Os abádidas eram árabes cristãos de infuência bizantina, que ao longo de séculos mantiveram contactos de amizade e aproximação com o Império Romano do Oriente. Com a queda do Império Romano do Ocidente, vieram juntamente com os visigodos impor o seu domínio em toda a Espanha.

Os reis e príncipes das Asturias, condes de Coimbra e os reis taifas do Algarve Andaluz, todos eles eram de linhagem árabe dos abádidas e todos eles descendiam de Pelágio.

Não foi por acaso que foi D. Afonso X mandou transladar os restos mortais de Pelágio para a Igreja de Covadonga. Não foi por acaso que Sesnando, árabe da linhagem abádida foi enterrado na Sé Velha de Coimbra construída ao estilo grego, onde depois mais tarde também foi sepultada D. Vataça.

Desta linhagem dos árabes abádidas descendem o Conde D. Henrique assim como o seu filho D. Afonso Henrique!!!
Estes árabes cristãos combatiam os mouros vindos de Marrocos, tanto os de Almançor como os Almorávidas ou os Almóadas. E foi assim que Sesnando conquistou e stendeu os seus domínios por todo o vale do rio Mondego, mantendo, graças à sua origem moçárabe, a paz com os reinos taifas mais a Sul. Foi este descendente de Pelágio, responsável pela construção ou reconstrução de diversos castelos entre os quais destacam-se o de Coimbra, o da Lousã, o de Montemor-o-Velho, o de Penacova e o de Penela.

A Sesnando sucedeu depois no condado de Coimbra o seu genro Martinho Moniz e mais tarde, D. Teresa filha de Ximena Moniz , que casou com o Conde D. Henrique que também teve o domínio daquele condado. Portanto todos estes árabes abádidas eram cristãos e prosseguindo a luta contra os mouros chegaram aos Algarves onde estavam os seus irmãos abádidas dos reinos taifa com os quais fizeram acordos de amizade e união e combateram simultaneamente os Mouros, os quais expulsaram definitivamente em 1249.
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Ficando isso assinalado nos brasões das terras do Algarve que passaram a ser Reino aliado a Portugal, porque afinal, todos eles eram cristãos!!!

Descubram então os confrades (os que se admiraram de Portugal ter sido fundado por árabes Cristãos), o que fazem duas cabeças, no brasão das terras então “conquistadas aos mouros” no Algarve. Uma de carnação branca coroada de ouro e outra de carnação negra com turbante de prata.

E aqui, mais uma vez no ano de 1267, através do Tratado de Badajoz, Afonso X, O Sábio deu uma mãozinha aos cristãos de Portugal descendentes de Pelágio cuja ascendência vinha do Oriente Bizantino, tal como também era a sua ascendência e a de D. Vataça!!!

Afonso, o Sábio sabia que tinha de fazer definitivamente uma Nação em Cristo, que pudesse albergar os foragidos aos conquistadores visigodos, fossem eles árabes ou judeus.
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Não se tratava de um convívio intercultural à luz da moral dos dias de hoje. Havia discriminação racial e religiosa intensa, e mesmo alguns cristãos era feitos escravos pelo visigodos. Uma curiosa expressão da língua portuguesa nasceu durante este período: “dar às de Vila Diogo”, que significa fugir para Portugal.(vila Diogo era uma vila Portuguesa junto da fronteira).

Afonso, o Sabio, sabia quem era Pelágio; Afonso, o sábio, sabia quem era Sesnando Davides; Afonso o Sábio, sabia quem era o conde D. Henrique filho de um Rei da Hungria; Afonso, o sábio, sabia que era D. Vataça; Afonso, o sábio, o filósofo, o astrólogo, sabia o que era Portugal!!!

Monseñor Alexandre Maya.
Gran Collar Orden Bonaria.-
BRASIL.-